Você sabe o quão vital é a Imprensa Negra para a história e a sociedade brasileira? Ela é a voz, a resistência e o espelho de uma comunidade que luta por espaço, direitos e representatividade há séculos. Desde o século XIX, jornais, revistas e demais publicações criadas por e para a população negra têm sido cruciais para combater o racismo, denunciar injustiças e preconceitos, promover a cultura e a educação e articular a luta política.
O professor e pesquisador Valmir Teixeira de Araújo, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Rondônia reflete como a imprensa negra é imprescindível para a democracia brasileira:
“Tenho pesquisado há alguns anos sobre a importância da imprensa negra no Brasil. Esse é um tema que acompanha a história do povo negro desde o século XIX, e vejo a imprensa negra como uma expressão fundamental de resistência. Durante toda a escravidão, ela foi uma ferramenta de afirmação e luta por direitos, e mesmo nos períodos de repressão, continuou atuando como um espaço de denúncia e fortalecimento da identidade”.
Em entrevista ao doutorando Jefferson de Sousa (PPGCom/UFPA), da Comissão de Assessoramento à Diretoria de Comunicação da ALCAR, Valmir salienta que “na atualidade, a imprensa negra mantém esse papel no enfrentamento ao racismo, às desigualdades e às tentativas de retrocessos nas conquistas da negritude, como a legislação e as políticas afirmativas. Enfim, a imprensa negra contribuiu e segue contribuindo para ampliar a visibilidade, o protagonismo e a cidadania do povo negro na sociedade brasileira”.
Dicas para ler e ver
Em 2021, o XIII Encontro Nacional de História da Mídia teve como tema “#vidasnegrasimportam: racismos, violências e resistências nas dinâmicas do tempo”.
Palestras e artigos do evento estão disponíveis nos links:
https://redealcar.org/anais-eventos-nacionais-13o-encontro-2021/
https://www.youtube.com/@JornalAlcar/streams
https://www.youtube.com/watch?v=mZUOcGWGzAM&t=29s
Valorizar a Imprensa Negra é valorizar a democracia e a ALCAR apoia essa luta! Ela nos lembra que a pluralidade de vozes é essencial para uma sociedade justa.
